quarta-feira, 1 de julho de 2009

Bric-a-brac
This article is about items of low value. For British television programme, see Bric-a-brac (tv show).


Bric-a-brac for sale at an antique shop in Kabul.
The term bric-à-brac (origin French) [1] was first used in the Victorian era.
It referred then to collections of curios such as elaborately decorated teacups and small vases, feathers, wax flowers under glass domes, eggshells, statuettes, painted miniatures or photographs, and so on. Bric-à-brac was used as ornament on mantelpieces, tables, and shelves, or displayed in curio cabinets. Sometimes these cabinets had glass doors, to display the items within while protecting them from dust.
Bric-à-brac nowadays refers to a selection of items of low value, often sold in street markets.

BRIC... a brac

Desde o momento em que fiquei sabendo do tal BRIC – essa união comercial entre Brasil, Rússia, Índia e China –, logo me veio à mente aquela coisa louca que foi o pega pra capar na ditadura militar, com as pessoas tendo que confessar possíveis contatos com russos e chineses. Com a Índia não, essa só como novela, e bem depois. E estendo o meu assombro aos milhares de chineses que sofreram o diabo em quinhentas mil revoluções culturais e o escambau, antes de verem o primeiro outdoor da Coca-Cola. Sem contar os russos, claro.
Com os americanos, também é engraçado o que aconteceu agora, com o Obama estatizando empresas e bancos.
E o que dizer de todos que sifu na Guerra Fria?
O que me leva a conjeturar se, de fato: 1) quem está no governo (em qualquer um) sabe mesmo o quê está fazendo? 2) se não teria sido melhor as vanguardas, por mais bem intencionadas que fossem, sejam, deixar as coisas acontecerem?
Porque afinal, tudo sai e-xa-ta-men-te... ao contrário do que se esperava! Ou, se as mudanças são feitas tipo assim na marra, ou de cima pra baixo, parece que tem um elástico que acaba por levá-las de volta quase que ao mesmo ponto de onde saíram.
O que não acontece com as transformações coletivas. Com aquelas que, parece, nascem naquele território chamado justamente de Inconsciente Coletivo, como o comportamento da juventude nos anos sessenta, as conquistas das mulheres, e as dos gays. Sim, mas houve enfrentamento, dirão. Sem dúvida. Mas penso que quando as mudanças nascem dentro de muitos indivíduos ao mesmo tempo, elas acontecem como avalanche. Por mais que alguém seja contra, fica sem força.
Como naquelas marchas militares em que o líder tem que fazer o grupo seguir o ritmo do mais fraco ou mais lento, sob pena de não ter uma dimensão real do potencial de suas forças.
A quantidade de gente que partiu antes do tempo, por medir força ideológica e romântica com força bruta, e bota bruta nisso...
Sem contar que, se verdadeiros empreendedores capitalistas estivessem à frente do Exército americano no tempo do Custer, certamente não iriam acabar com aquele mercado tão promissor... dos índios. Imagine o que não venderiam de tênis, xis e tv a cabo?
Essas coisas vagueiam na minha mente pois acredito que cada um de nós tenha muito mais poder do que possa supor. Quando alguém te diz aquela frase tão encorajadora - como um soco em teus ideais - “mas tu achas que sozinho vais mudar o mundo?”, não tens nem que te cansar em responder. E, sim, continuar acreditando exatamente no que acreditas e vivendo de acordo com essas crenças.
Pois lá longe, na Rússia, na China, na Índia, no Irã, em Gana, no Suriname, aqui no Menino Deus, e em qualquer lugar, sempre tem alguém pensando, e no seu pensamento fazendo a vida evoluir.
Na arte, isso é muito comum. Por diversas vezes aconteceu de eu apresentar um Ballet, uma nova idéia coreográfica, muito semelhante ao que outro colega estava também por levar à cena. Nas Escolas de Samba, nas coleções de moda, no cinema, na música, isso acontece direto.
E acho que o legal disso é que, desse modo, a gente apenas segue o baile, sem levantar forças iguais e contrárias que nos farão perder um tempo enorme no retrocesso.


No sudoeste da Ásia, foi observado um fenômeno em conexão com os macacos. Durante séculos, os macacos desenterravam batatas para comer e as levavam à boca sem lavar. De repente, um macaco levou sua batata à beira do rio e a lavou, antes de comê-la. Eventualmente, todos os macacos o imitaram e começaram a lavar suas batatas. Não demorou muito, em uma ilha do Pacífico Sul, a milhares de quilômetros de distância, os macacos começaram a lavar suas batatas. Isto foi denominado a Centésima Teoria do Macaco.

5 comentários:

  1. ufa, rose! a cada parágrafo de seus textos cabem ene reflexões. esse então, vou te contar.
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    volto depois pra ver se consigo ser suscinta...
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    brilhante!

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  2. ah! e parabéns pelos "suportes" q nos tem oferecido aí, no canto direito.
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    tá com força, amiga. é isso ai! bj

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    macacos me mordam! já ouviu essa expressaõ, não?
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    a qquer hora farei uma listinha sobre tanta sigla criada,pra nomear posições eco-política e o escambal. e no meio delas, nos perdemos, pq o q a sigla x decide em seu grupo fechado,
    afeta ao grupo y, a nós aliados e ao xyz o do mundo globalizado que leva tudo já decidido,
    a novas revisões dos grupos x e y.
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    ontem ouvi o alerta do fmi sobre o perigo do aquecimento de nossa economia e de retorno da
    bendita inflação, além de outros toques. fmi
    danda as cartas de novo. e obama chamando os magnatas do dinheiro pra q estabeleçam regras de controle dos bancos americanos: não terão mais a ajuda do dinheiro do contribuinte. ôba!
    que criem reserva própria pra novas crises.!!!
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    a europa, aos cacos, não tendo como salvar a grécia de sua catástrofe financeira e o povo na rua. bom isso: no brasil não vejo mais isso
    acontecer. mas motivos existem.
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    a áfrica, a da copa, em sua miséria doída com a aids infantil e outras dores q mereciam uma
    outra copa: a da salvação africana.
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    em um programa de debate sobre a fome, o lindo
    economista da hora, nos manda a solução para acabar com a fome mundial: exterminar áfrica e
    índia. na hora mandei-lhe um email. mate-se!
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    vemos o absurdo da nossa educação capenga, mas
    não vemos o "inconsciente coletivo" gritar por
    ela, rose. lembro-me das lutas por liberdade,
    e tantas outras q citou, mas não vejo um povo
    mobilizado pelo que lhe falta.
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    e sim, vejo cada vez mais um controle terrível
    q é feito às cancarras e no boca-a-boca, sem q nos posicionemos, alertando para o risco de que voltemos atrás em mtas conquista sociais e políticas, conseguidas a duras penas.
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    e vc me perguntou não sei onde sobre marina, diferencial ou não, nessa falta de rumo do
    nosso mundo político e lhe digo mais uma vez que sim! não dá mais pra aguentar um partido,
    eternamente, no poder - pmdb - dando a cartas
    absurdas e corruptas pro fim das nossas vidas.
    .
    marina não se aliaria a ele. com certeza.
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    misturei alhos, bugalhos e tudo mais. mas tudo
    tem a ver com tudo, não?
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    abração.

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  4. ainda acredito na arte, e por arte, essa história dos macacos, quer dizer, que mesmo qdo tudo parece sem solução, esta vem chegando. Portto não há pessimismo. Não há fim do mundo. Mas há mudança. E o teu email? já deixei recados em tudo qto é blog!!!

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  5. é que às vezes me paro numa das quebradas daqui e fico tempão. mas já respondi, viu?
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    adorei a história dos macacos. qto às mudanças, claro que até estão sendo impostas pela própria natureza e por tantos que clamam por elas.
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    mas q mudança doída, não? qual é mesmo a teoria do caos?
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